quinta-feira, janeiro 26, 2023

Entre o amadorismo populista e o fascismo oligárquico.

O amadorismo da comunicção do Chega é constrangedor. Basta olhar para os conteúdos semânticos e gráficos dos outdoors do partido para perceber isso, mas este tweet é um exemplo clássico de quem não sabe o que está a fazer: Incrível? A sério? Nem o Chega acredita que pode chegar aos 15% das intenções de voto? Têm assim tão pouca fé no que estão a fazer?

A sério, estou a escrever estas linhas e a rir-me sozinho.

Galhofa à parte e ao contrário dos editores de rede social do Chega, não estou nada surpreendido com os resultados desta sondagem. Os últimos tempos da vida política nacional têm sido um festival de condução de votos para o partido de André Ventura. Isto não quer dizer que, como inocentemente refere o tweet, que o Chega esteja perto de desempenhar seja que papel for no governo do país. Se o PSD ganhar as próximas legislativas (é um "se" enorme), tudo fará para evitar esse inconveniente grande.

O que surpreende é como os poderes instituídos ainda não decidiram proibir a agremiação populista. Mas depois de ouvir o cacique mor do PS, parece-me que é uma questão de tempo.

Como sempre, o uso da novilíngua pela esquerda é desavergonhado. Quando falam de democracia, o que querem dizer é oligarquia. Quando falam de extremismos, o que querem dizer é dissidência. Porque toda a gente que não concorda com o senhor Augusto Santos Silva é uma ameaça que tem que ser "evitada".