No explosivo monólogo de ontem, Tucker Carlson debruça-se sobre a hipótese, cada vez mais credível e já publicada no ContraCultura, de que Hunter Biden vendeu a chineses, ucranianos e quem mais quisesse comprar, conteúdos retirados dos documentos confidenciais que o seu pai armazenou, ilegalmente, na sua residência privada, habitada na altura pelo filho.
E a Procuradoria Geral federal sabe disto há anos e nada fez.
Isto enquanto Mike Pence, o ex-vice-presidente de Trump, que quando se soube que Donald guardava documentos classificados na sua casa da Florida, foi o primeiro a garantir que nunca seria assim desleixado como o seu antigo chefe, veio agora confessar, com toda a tranquilidade deste mundo e para aliviar o desconforto de Joe Biden, que também tinha ficheiros confidenciais em casa, afinal.
Na América, toda a gente guarda documentos confidenciais em casa, pelos vistos. E isso é completamente normal a não ser quando é Trump que o faz. Aliás, dos três personagens que guardaram documentos nos seus domicílios, o único que a esse propósito foi alvo de uma rusga do FBI foi Trump, claro.
A federação americana, por esta altura, dá pena. Sinceramente. É um país sem rei nem roque, sem lei nem vergonha, sem moral para além da lógica partidária, sem independência judicial e com as forças de segurança entregues a uma lógica pidesca. Uma república das bananas, total.