"Jornalistas" do grupo Gizmodo, que de jornalistas têm apenas o mal atribuído nome, vão ser despedidos em larga escala. Sim, esta é a parte boa da notícia. A parte má: vão ser substituídos por inteligência artificial. Conteúdos "jornalísticos" criados por algoritmo. Bom Deus. Até vai dar para ter saudades dos activistas que agora foram corridos.
Ainda aqui há uns meses atrás gozava com os rapazinhos do I, que estavam todos contentes por publicarem um número do seu pasquim inteiramente constituído por conteúdos decorrentes de tecnologias de inteligência artificial, aparentemente inconscientes do perigo que essas tecnologias representam para a sua desgraçada profissão, e agora isto.
É claro que os tais "jornalistas" que foram agora postos na rua não têm qualquer noção que a razão principal pela qual são fáceis de substituir por um chat bot qualquer é a qualidade miserável dos conteúdos que criavam e é por isso que não merecem qualquer tipo de comiseração.
Ainda assim, não sei se deva rir ou chorar, sinceramente. Mas uma coisa parece certa: se ninguém contrariar este esquema de substituição do factor humano pela AI, que o capitalismo corporativo vê como uma espécie de galinha dos ovos de ouro, o desemprego vai rebentar como nunca rebentou na história da humanidade.