Tom Pidcock é um dos meus ciclistas preferidos da actualidade. Com apenas 24 anos, já foi campeão olímpico de Mountain Bike, em 2021, e campeão do mundo de ciclo-cross, em 2022. Na estrada, já venceu as clássicas Brabantse Pijl (2021) e Strade Bianche (2023). No ano passado, ganhou a etapa icónica do Alpe d'Huez, no Tour. Este ano e enquanto escrevo estas linhas luta por uma posição no top cinco da mais importante prova do calendário da UCI.
A descer, Pidcock é um dos melhores ciclistas profissionais do planeta. O domínio técnico da bicla, o enorme par de testículos e uma impressionante, milimétrica e quase paranormal capacidade de antecipar o desenho da estrada e a amplitude das trajectórias, contribuem para que o inglês da Ineos capitalize as leis de Newton como poucos, e o impressionante clip que aqui fica, com o notável Safa Brian na roda, é disso testemunho.
E para quem estranhe que Brian consiga acompanhar Pidcock: o youtuber é mais pesado, o que ajuda nas descidas; é, também ele, um perito a rolar pelas montanhas a baixo e, se repararem, Tom está constantemente a monitorar o progresso do californiano, que em certas curvas mais alucinantes, fica naturalmente para trás.