"É um lugar comum para os tradicionalistas que uma vida equilibrada é construída sobre as pedras fundamentais da verdade, da bondade e da beleza. Esse suporte estrutural parece intuitivo para nós agora ou pelo menos para alguns de nós, mas também temos que orçamentar o facto de estarmos a viver numa época em que a cultura construída sobre essas coisas está a cair à nossa volta e não só a cultura popular como a subcultura cristã evangélica, na mesma proporção. Há algumas décadas atrás, parecia que os evangélicos estavam a fazer um trabalho decente defendendo a ideia de um sistema fixo de verdades objectivas. Se fosse verdade na segunda-feira que Jesus ressuscitou dos mortos também era verdade na sexta-feira e a mesma coisa poderia ser dita sobre a bondade. Se o aborto fosse uma coisa perversa na segunda-feira também era uma coisa perversa na sexta-feira. O lugar onde tivemos dificuldades, no entanto, estava no reino da estética. Se alguém condenava a tua banda favorita por produzir o charope enjoativo que produzia, a resposta era frequentemente um relativista "quem sou eu para julgar" em vez de um apelo a padrões estéticos objectivos. Isso já era um desafio nos velhos tempos, mas agora estamos todos a viver num pântano de subjectivismo radical doutrinário, ético e estético ao mesmo tempo. Para quem ainda tem o juízo todo isso significa que estamos todos a olhar directamente para as consequências do nosso próprio relativismo subjetcivo. Podemos até ver para além da feia cerca de lama, que não se trata apenas de um erro e que isto tudo aconteceu de propósito."
Doug Wilson