Se há um homem na Câmara dos Representantes dos EUA que realmente traduz aquilo que os founding fathers projectaram que deve ser um representante no Capitólio, esse homem é Thomas Massie, o congressista libertário e dissidente do Kentucky, que conversa com Tucker Carlson nesta saborosa entrevista de longo formato.
No segmento que marquei para consumo imediato da audiência do Blogville, que se encontra mais ou menos a meio da entrevista, Massie conta a história de como conseguiu, em pleno confinamento Covid e durante o mandato presidencial de Donald Trump, arrancar os representantes todos de suas casas para irem a Washington votar uma lei que ia gastar a ensandecida soma de 3.3 triliões de dólares em medidas imbecis e contraproducentes de combate à pandemia (e disparar os números da inflação), mas que apesar disso estava planeada para ser aprovada por consenso e que por isso não precisava de ser votada por ninguém. E de como foi odiado e vilipendiado apenas por fazer valer a constituição americana - e o bom senso - pela generalidade dos seus colegiais e também pelo irascível e vingativo inquilino da Casa Branca.
Toda a história é eloquente sobre a tendência para o comportamento mafioso e corporativo que reina no Capitólio, mas o relato que Massie faz do telefonema que trocou com Trump é por demais reveladora dos piores instintos daquele que será o grande herói do populismo actual. E se é verdade que o futuro da humanidade pode estar, em parte considerável, dependente da sua vitória em Novembro, convém termos consciência de que o magnata de Queens nunca deixará de ser quem é: um bruto de merda e um egomaníaco sem freio.
Não será um bruto de merda e um egomaníaco sem freio a soldo de Satanás, como os seus principais adversários políticos, internos e externos. Mas isso não o salva de si próprio nem nos salva das suas piores características de personalidade.
Convém não esquecer que foi a Casa Branca de Trump que financiou o desenvolvimento do assassino programa de vacinação contra a Covid. E que Trump ainda hoje se orgulha disso. Convém lembrar que Trump é um amigo indefectível da mafia sionista de Washington e de Tel Aviv. E se é verdade que, caso eleito, poderá contribuir para a paz no Mar Negro, dificilmente será uma força positiva nos conflitos do Mar Mediterrâneo e do Mar Vermelho.
Uma coisa é mais que certa: O mundo precisa desesperadamente de mais políticos como Thomas Massie e de menos palhaços ricos como Donald Trump.