domingo, novembro 24, 2024

Sigam a ciência até à estrela que, em teoria, não existe.

A maior estrela alguma vez detectada não devia ser tão antiga. Perdão. Não devia ser tão brilhante. Perdão. Não devia ser tão grande. Perdão. Não devia ser uma estrela. Perdão. Não devia existir sequer.

Graças a métodos de cálculo rigorosíssimos e observações de precisão recordista, sabemos agora que esta estrela, que está onde está, brilha como brilha, pesa como pesa, mede como mede e é velha como o universo, não pode existir.

É muito difícil de explicar. Vocês não iam entender. Mas, resumidamente, se esta estrela existisse, como de facto existe, montes de físicos teóricos iam perder o seu emprego que objectivamente têm, para desperdício de todos os dinheiros que objectivamente custam, e negação dos factos que objectivamente emergem.

O que vale é que a estrela não existe, mesmo depois de ter sido detectada como existente. E por isso, as teorias continuam válidas e as carreiras continuam chorudas, independentemente dos dados empíricos.

Até por que essa mania de considerar dados empíricos é coisa de reaccionários, nazis, racistas, sexistas, eleitores de Trump e outros negacionistas da ciência.

Portanto, calem-se e continuem a pagar impostos, ok?