que o gigantesco incêndio que grassa neste momento em Los Angeles, na área das mansões das estrelinhas de Hollywood, paraíso liberal de gente que se julga superior ao comu dos mortais, parece-me até simbólico de tudo o que está a acontecer à indústria cinematográfica norte-americana, cujo consumo nos últimos anos tenho feito questão de evitar, com muito raras excepções.
É claro que lamento as fatalidades humanas. É claro que lamento a destruição de pequenos negócios, lares da classe média e etc. Mas devo ser sincero: não tenho pena nenhuma dos chorosos bilionáriosque, impotentes, assistem à destruição dos seus palácios.
E as últimas notícias referem até que muitas destas mansões nem sequer estavam seguradas, porque as companhias de seguros, sempre matreiras raposas, tinham entretanto desconfiado que a catástrofe podia acontecer a qualquer momento e cancelaram as apólices.
E este tipo de desastre é também muito característico da sobranceria e da incompetência da América contemporânea, que quer imperar sobre o mundo mas não consegue conter um incêndio numa das zonas urbanas mais ricas do mundo. Parece que nem as bocas de incêndio funcionam.
E nem me admirava nada que se trate aqui de uma circunstância de fogo posto. Afinal, entre os milhões de ilegais que têm entrado nos EUA nos últimos anos, alguns poderão ter a ideia de reduzir Hollywwod a cinzas.
Karma. Is a bitch.
