em que os pilotos que disputavam as 24 horas de Le Mans faziam a recta das Hunaudières a 400 quilómetros por hora. A recta não tinha, como tem agora, duas chicanes destinadas a desacelerar os automóveis e os automóveis não tinham, como têm agora, sensatas restrições à potência e à performance.
Eram 24 horas disto. 360 vezes passavam os pilotos naquela recta a 400 à hora.
O risco. A coragem. A glória.
Derek Bell, que entre 1970 e 1996, sem falhar uma, alinhou à partida da mais lendária das corridas de automóveis e que a ganhou por 5 vezes, tendo sobrevivido para contar a história, fala dessas velocidades. Fala dessa odisseia hoje perdida em nome da segurança.
E sim, vivemos agora super seguros. Tão seguros que até enerva. Tão seguros que até os pilotos de carros de corrida morrem de velhos.
Mas já não de glória cobertos.
