Nos tempos que correm, informadores e agentes do estado profundo disfarçados de informadores, bem como testemunhos e documentos bombásticos sobre o fenómeno OVNI caem no domínio público a um ritmo vertiginoso, que chega a ser difícil de acompanhar. Eis mais um relato que será, no mínimo, intrigante.
Em 2024, um termo enigmático começou a ser difundido entre um pequeno grupo de investigadores: Immaculate Constellation (“Constelação Imaculada”). Qualquer um que ousasse pronunciar esse termo colocaria a sua vida em risco, de acordo com pessoas familiarizadas com o programa. Mas o ImCon, a versão abreviada do termo, acabou por ser levado ao conhecimento do Congresso. Os congressistas foram informados de que se tratava de um programa altamente secreto que se baseava em inteligência artificial para vasculhar os servidores confidenciais utilizados pelas forças armadas dos EUA e pelas suas agências de informação, na tentativa de encontrar imagens e informação de encontros com OVNIS.
O relatório sobre o ImCon, escrito por um conselheiro político cuja identidade não foi divulgada na altura, foi fornecido ao Congresso por Jeremy Corbell meses antes do início de uma audiência pública em 2024 perante uma subcomissão da Câmara. O autor anónimo do relatório, que tinha sido discretamente apresentado a membros-chave da Câmara por Corbell, indicou que estava disposto a testemunhar se tal lhe fosse solicitado. A fonte do relatório Immaculate Constellation foi largamente ignorada pelo Congresso e a origem do próprio relatório foi grosseiramente distorcida pelos seus membros. Um porta-voz do Pentágono negou que algum programa com esse nome tivesse alguma vez existido no Departamento de Defesa.
Após muitos meses de reflexão, o autor do relatório ImCon, Matthew Brown, dá agora a cara e revela muito do que sabe, em três episódios do podcast de George Knapp e Jeremy Corbell. Brown, neste primeiro episódio, explica onde trabalhou e em que funções, como foi exposto pela primeira vez ao Immaculate Constellation e porque tomou a decisão de vir a público, apesar das repercussões que podem muito bem ser trágicas, já que está até sujeito a ser acusado de traição pelo governo americano, ou simplesmente, como ele próprio sugere, executado.
Brown testemunha que o Immaculate Constellation é de facto um programa do Pentágono que procura reconhecer e recuperar, a nível global, veículos anómalos de origem alegadamente alienígena, para fins de engenharia reversa realizada por um oculto e não escrutinado aparelho industrial-militar, que opera independente não só do governo federal americano, mas das instituições formais de poder político por todo o mundo.
Isto não é dizer pouco, tanto mais que o informante, considerando apenas o que diz neste primeiro episódio, baseia-se num powerpoint que lhe chegou ao servidor por erro de classificação, já que, em circunstâncias normais, não teria a autorização de segurança para aceder ao documento. Nessa apresentação é detalhada uma operação de reconhecimento e contacto com um OVNI pela marinha norte-americana e russa, no Oceano Pacífico.
Até que ponto este documento é fabricado, no quadro de uma operação de contra-informação, que liberta outras conspirações, é difícil de determinar. Teremos que esperar pelos próximos episódios.
Para além do que testemunha em relação ao fenómeno OVNI, há declarações interessantes sobre a forma como o sector privado está operacionalmente fundido com o Pentágono, numa perversa orgia de poder corporativo, e a sugestão sinistra de que existe, à margem do domínio público e do poder político, uma elite global que tem acesso a conhecimentos, tecnologias e entidades que não são deste mundo.