No segundo episódio que revela o testemunho de Matthew Brown, o autor do relatório ImCon que chegou ao Congresso sobre o programa Immaculate Constellation, é fácil de percebermos que o homem está aterrorizado e que parece realmente acreditar naquilo que diz.
O problema, que já tinha apontado no texto anterior sobre este testemunho, é que as provas da existência do dito programa de detecção de tecnologia não humana nas agências governamentais norte-americanas fornecidas por Brown a George Knapp e Jeremy Corbell são escassas e baseiam-se fundamentalmente num powerpoint, que por erro de classificação de confidencialidade lhe foi parar ao computador e que ele próprio não tem condições de mostrar ao mundo.
Estou certo que este informador de facto acedeu a esse documento, a questão é que a coisa pode muito bem ter sido enviada para este homem de propósito, de forma a criar desinformação sobre o fenómeno.
De resto, como já afirmei, tudo em Matthew Brown parece genuíno. Inclusivamente o medo, que é gritante em todo o seu comportamento.
A ironia é que o elemento que liberta maior suspeição nesta história toda provém da reacção das hierarquias do Pentágono, dos quadros de topo do governo federal e até de alguns representantes do Congresso, que oscila entre um comportamento intrigante e ameaçador, quando confrontados com a intenção de Brown em tornar público aquilo que sabe (ou que julga saber).