"A maior operação militar da história" será ao invés "o maior embaraço militar da história americana". O ataque às instalações nucleares iranianas deixou apenas o mundo mais inseguro do que estava antes, porque essas instalações permanecem operacionais (os bombardeamentos não foram tecnicamente adequados à robustez dos alvos), e porque os iranianos foram avisados a tempo, e deslocaram todo o urânio enriquecido para parte incerta. Antes sabíamos todos onde estava. Agora até pode estar na Coreia do Norte, dada a total ausência de informação sobre o seu destino último.
O teatrinho de alto risco de Donald Trump, que ainda há umas horas atrás anunciou um muito duvidoso cessar fogo entre Israel e o Irão, depois de ter permitido que Teerão atingisse uma base americana no Catar - um ataque igualmente encenado - é uma coisa inaudita, como se a guerra fosse agora uma espécie de espectáculo político, coreografado com máquinas apocalípticas e bombas de biliões de dólares, entre posts risíveis no Truth Social, falsas rondas de negociações e o genocídio na Palestina.
Quem tem conta no X, deve visitar este thread dividido em dez pontos de Dmitry Medved:
What have the Americans accomplished with their nighttime strikes on three nuclear sites in Iran?
— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) June 22, 2025
1. Critical infrastructure of the nuclear fuel cycle appears to have been unaffected or sustained only minor damage.
Quem não tem, fica na esclarecida companhia dos dois Alexandres, que mal acreditam na incompetência, na estupidez e na desfaçatez da actual Casa Branca.