A administração americana parece cada vez mais feliz de gatilho e aponta o Colt 45 para os 360 graus da geografia política: Venezuela, Palestina, Irão, Yémen, Rússia, China; venha quem vier e quantos são, quantos são? Vamos dar cabo deles todos.
Hegseth até alertou a apreensiva audiência: se não estão dispostos a matar tudo aquilo que mexa, saiam já porta fora.
Há potências militares que fazem a guerra porque podem. Os Estados Unidos fazem a guerra porque sim. E depois logo se vê se podem ou não.
Aproveitando a sede de sangue dos americanos, os sionistas estão nas suas sete infernais quintas e preparam-se para uma segunda rodada de morticínio. Até porque está por eclodir uma guerra no Médio Oriente de que Benjamin Netanyahu não goste. Mas gosta especialmente de matar iranianos (mesmo que para issos eja preciso matar muitos israelitas também).
Entretanto na Europa, somos todos falcões. E enquanto os ministros já enchem a boca com declarações de que a guerra contra a Rússia já está em curso, os hospitais preparam-se para os milhões de feridos, embora nada seja dito sobre a preparação das morgues para os milhões de mortos.
Os dinamarqueses, assustados com uns quantos OVNIS que têm pacificamente visitado o aeroporto de Copenhaga, borraram completamente a roupa interior e mobilizaram "centenas de reservistas". Centenas. Boa sorte para a invasão extraterrestre.
Os suecos, por seu turno, decidiram que têm caças a mais e vão dá-los a Zelensky, pensando, talvez acertadamente, que pilotos ucranianos sem qualquer treino de combate nestas aeronaves vão ainda assim com elas fazer melhor figura do que os pilotos do seu país.
Zelensky agradece, claro, embora neste momento a sua prioridade não se relacione com as armas que pode ter amanhã, mas com o armagedão que pode criar já hoje: as notícias de planos ucranianos para a prossecução de falsas bandeiras que levem a NATO a entregar-se ao suicídio colectivo de uma guerra com a Rússia têm brotado como cogumelos, nos últimos dias.
Não é assim de estranhar a reacção russa. Os líderes políticos e militares de Moscovo têm mostrado que são capazes de mimetizar a paciência chinesa, mas não são chineses. E o momento do murro na mesa está mesmo aí a rebentar.
Em conclusão: pode ser uma questão de horas, de semanas, de meses. Dificilmente será uma questão de anos.
Mas a verdade é que vamos ser completamente f*d*d*s. A coisa não foi lá com a pandemia. Nem com o apocalipse climático. E ninguém ia agora acreditar numa guerra das estrelas, via CNN. Assim sendo, só resta uma alternativa...