quinta-feira, fevereiro 24, 2005
A verdadeira seca.
Ontem verifiquei, em espanto e mágoa, que não há mesmo nada a fazer com o PSD. Na Quadratura do Círculo, um Pacheco Pereira muito fora de forma limitou-se a enumerar os cargos políticos (e as rendas financeiras) que perdeu por ser contestatário, vangloriando-se até ao vómito de atitudes que me parecem apenas normais. Enquanto isto, Marques Mendes salta para as luzes de uma ribalta que nem dois anos vai durar. Toda a gente sabe que o homem só será líder do partido porque ninguém de valor quer pegar nos pedaços pequeninos que restaram da insanidade egotista de Santana Lopes. O congresso extraordinário vai ser assim algo de insuportável, com protagonistas inenarráveis como Meneses, a debitar soundbytes de estupidez constante e realmente nada de novo para fazer da travessia do deserto uma viagem aprazível. Os próximos anos da política nacional vão ser, aliás, absolutamente áridos.