domingo, agosto 14, 2005

Este é grande.

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Gosto à brava deste aventureiro marinheiro. Casado com uma mulher nobre e fiel, sabe que pode partir para a viagem sem perigos de desonra. É esperto e é romântico (rara alquímica!). Gosto do Ulisses porque o homem não usa a cabeça só porque dá jeito ao elmo, tem presença de espírito e é assertivo e é pertinaz e resolve problemas e segue o seu caminho à procura não se sabe bem do quê. Isto, claro está, para além de estar sempre a querer regressar a casa (um gajo que percorre todo o mundo antigo para conseguir chegar a casa desperta-me uma ternura imensa). Gosto deveras deste construtor de barcos e de cavalos, deste engenheiro da aventura que - protegido por Atena, a Deusa dos Olhos Garços - se faz um herói como deve ser. E até mais que um mito grego, solidifica-se num deus católico e irlandês. Não é de se meter em brigas, mas vence a barbárie da violência, com violência se necessário for, com astúcia se proveito de superior qualidade lhe trouxer a inteligência. É corajoso mas não é parvo, e passa montes de tempo na proa, a perscrutar o horizonte mediterrânico, na senda da origem das coisas. Gosto dele.