domingo, agosto 14, 2005

Este é pequeno.

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Não gosto nada deste guerreiro interesseiro. Não gosto deste gajo que faz birras na presença de reis, que é invejoso de escravos e, mais cruel que valente, mais mercenário que soldado, permanece um enormíssimo maricas (afinal, quem é que alguma vez morreu com uma seta enfiada no tornozelo?). Armado em parvo e armado aos cucos, amantiado com um primo imberbe (e péssimo esgrimista), esmagando exércitos com a sua magnífica Excalibur de calibre helénico 3000 AC, Aquiles é, mesmo assim, um frouxo. É um frouxo porque faz tudo pelas razões erradas. Até quando entrega a Príamo o corpo morto e violentado do seu filho, o cavaleiro não é nobre porque fica pequenino de remorsos. Depois de ter cavalgado as sete colinas de Tróia com o cadáver de Heitor de rojo pelo mato, insultando de tragédia e ignomínia a alma troiana, corrompendo rituais sagrados e retirando ao seu adversário a glória da morte em combate, Aquiles é seguramente o bandido palhaço que vai ter remorsos. Não gosto dele.