quarta-feira, março 15, 2006
O justo bode de expiação.
Já não é a primeira nem a segunda vez que crucifico aqui no blog este sr. fiasco, que nem para estagiário do Ramaldense tinha estatuto. Confesso até que, crucificá-lo assim, me dá algum alívio ao desespero de ver o Benfica a jogar à bola, excepção feita a duas ou três partidas, que, se correram bem, não foi certamente por responsabilidade deste senhor, que devia ir já para o país dele.
O Sr. Ronald Koeman é de uma compreensão lenta absolutamente recordista e, chegados à fase final - e crucial - da época ainda não percebeu nadinha de nada. Ainda não percebeu que só ganhou ao Liverpool porque o Petit teve a clarividência de se deixar lesionar num treino, caso contrário a sua primeira estratégia de três trincos teria provocado um dos maiores naufrágios da história da marinha mercante. Ainda não percebeu que o Quim tem que jogar em vez do desgraçado do Moreto, de forma a resolver o problema que ele próprio criou quando teve o delírio de colocar este último como titular ainda o homem não tinha acabado de desfazer a mala. Ainda não percebeu que o Nuno Gomes tem que ter um homem à frente dele, caso contrário, só sai merda. Ainda não percebeu que o Giovani é um péssimo extremo e um excelente falso avançado centro. Ainda não percebeu que o Sr. Laurent Robert só veio para Lisboa com a intenção de melhorar o seu Plano Poupança Reforma. Ainda não percebeu que o Beto é um troglodita sem qualquer capacidade futebolística para além de um clássico de solteiros contra casados disputado num batatal, de preferência com inclinação de 6% a favor dos solteiros, já que presumo não existir mulher no mundo que conceba casar com uma besta destas. Ainda não percebeu que não vale a pena jogar com seis tipos na defesa quando o adversário é a Naval Primeiro de Maio. Ainda não percebeu que os centrais devem, por maioria de razão e senso comum, jogar a centrais, que os defesas laterais devem jogar a defesas laterais, que os trincos devem jogar a trincos, que os médios de ataque devem atacar e assim sucessivamente. Ainda não percebeu que rotatividade não quer dizer 33 equipas em 36 jogos oficiais. Ainda não percebeu que uma equipa de futebol tem que ter uma estrutura táctica definida, com titulares indiscutíveis que implementem um estilo de jogo adaptado às suas potencialidades, e com modificações apenas em função das disponibilidades do plantel e das contigências de cada partida. E ainda não percebeu que está a trabalhar num clube enorme, muito maior do que alguma coisa remotamente parecida que possa existir na terra dele, esse pântano imerso, descaradamente roubado aos peixes.
O Sr. Ronald Koeman consegue até ser mais parado de inteligência que o seu compatriota e congénere do Futebol Clube do Porto e que o seleccionador-nacional-sargento-dos-trópicos; dois casos extremos de treinadores sub-sapiens. Ou muito me engano ou vai sair rapidamente de Portugal com zero títulos, deixando o Benfica no quarto ou quinto lugar da liga, honrosa posição que dará direito a uma prometedora participaçãozinha na Taça UEFA para a época 2006/2007.
Termino dedicando este post aos meus amigos benfiquistas e semi-benfiquistas (há bastantes) que, mostrando uma evidente ausência de razão crítica e graves disfunções do aparelho óptico (para usar de parcimónia), insistem em achar que o SLB até tem um treinador de futebol minimamente competente.