o planeta todo acelera e queima gasóleo sobre a minha cabeça de plástico
como um vento veloz de ruído fantástico
sobre a minha cabeça e contra os meus ouvidos atordoados estereofónicos
zumbe a multimédia dos ardinas mneumónicos
chega disparado a grande velocidade o relato interminável o impossível banzé
da civilização toda ao soco e ao pontapé
overload, overquota, overdose que vem pelo chicote do falecido senhor satanás
doi-me fundo no cérebro a informação voraz
sofro de não ter alma que chegue para os pods sobre isto e os blogs sobre aquilo
nem em alexandria era maior a biblioteca que o nilo
nem borges nos seus sonhos de livreiro sonhou com uma estante mais extensa
que as estepes desertas da geografia imensa
não tenho tempo, não tenho ram, não tenho paz e não não tenho espaço
cego ensurdeço e já nem sei o que faço