terça-feira, fevereiro 17, 2009

Porrada que ferve.

O mais popular concurso de fotojornalimo à superfície do terceiro calhau a contar do sol, faz-me rir. O júri deve ser certamente constituído por um clã de masoquitas fanáticos porque não há imagem premiada que não venha com uns excelentes salpicos de sangue. O retrato do mundo segundo o World Press Photo é uma coisa que transcende em largo a imaginação de Dante Alighieri, o que não é dizer pouco. Excluindo as imagens da categoria desporto, não há uma puta de uma foto inspiradora. Um momento de esperança. Um cenário de paz. Uma história de amor. É sangue e sofrimento e morte e caos por todo o lado. Qual é o gozo? Qual é a novidade? Qual é a mensagem? E é assim tão moral ganhar prémios à custa do sofrimento alheio? Agora a sério, se isto é fotografia de excelência, eu cá prefiro o Calendário Pirelli.