Estes oito minutos de esplendor que constituem o prólogo de "Melancholia", a última obra prima de Lars Von Trier, falam por mim. Eu queria dizer que entre o caos e a mediocridade, entre a cobardia e a ignorância, entre a estupidez e a crueldade, no fulcro obstinado e apocalíptico de um mundo decadente haverá, ainda assim, um vestígio de esperança, uma frágil presença do que é belo, uma nano-promessa para o futuro. Mas o Lars diz isso tudo e mais alguma coisa. Feliz 2012.