sábado, junho 23, 2012

Monty Python falharam Gdansk



POR MIKE BRAMBLE


Os Monty Python não foram hoje a Gdansk. Mas há mais de 20 anos, produziram uma peça de humor inolvidável, glosando uma partida virtual, mas titânica entre os grandes filósofos das selecções alemã e grega. Confúcio apitava, com uma ampulheta, coadjuvado por Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. O jogo era no Estádio Olímpico de Munique e a Alemanha perdeu em casa, porque a um minuto do fim Arquimedes teve uma ideia – Eureka! – e decidiu pegar na bola em direcção à baliza.
Diversão pura, com muita inteligência impregnada. Também nisto, os saudosos Monty foram visionários. O jogo de hoje foi muito menos divertido. A Alemanha, ganhou 4-2 à Grécia, liderada pelo português Fernando Santos. Teve menos ideias em discussão. Mais golos, é certo.
A inominável Merkel esteve na bancada a esbracejar catatonicamente, vestida que nem um horror. Despida, será certamente pior, como em tempos alvitrou Berlusconi. A Angela – chamar-lhe-ia ogre, se não tivesse um grande carinho pelo Shrek – foi muito apaparicada pelo presidente da UEFA.
O mafioso Platini já apostou que a Alemanha vai à final com a Espanha, conjunto este que teria o melhor futebol do Euro. Nojo, puro nojo, dedico a estes dirigentes europeus, políticos, futebolísticos, empresariais… A diferença é sempre tentar perceber quem pior e mais rápido faz que o outro!
No desafio conceptualizado pela equipa de John Cleese e parceiros, a Alemanha tinha chegado à final depois de eliminar a Inglaterra de Locke, Russell e Hobbes. Talvez agora, nas meias-finais, o resultado dê alguma justiça aos britânicos Monty Python.