O problema dos refugiados do médio oriente tem três dimensões.
A primeira é, obviamente, a humanitária. Mas a única solução para resolver de facto e em definitivo esta aflição (dentro de aquilo que é possível fazer de definitivo no curso da história) não está a montante, nas fronteiras da Europa. A solução está ajuzante, nos países de origem. Basta ter a coragem, a honradez e o senso prático de intervir económica, política e militarmente nos territórios que são de tal modo infernais que os nativos estão disponíveis para morrer afogados no mediterrâneo de forma a escaparem das suas pátrias.
Digam-me por favor, aqueles que acham que não devemos impor o nosso modo de vida a povos que lhe são estranhos, se conhecem algum caso de um cidadão de uma democracia liberal do mundo ocidental contemporâneo (digamos, desde o fim dos anos 80) que alguma vez se meteu e à sua família num bote de alto risco e sobrelotado para procurar um mundo melhor.
A segunda dimensão é a securitária. No meio de tantos desgraçados, e mesmo considerando que muitos destes desgraçados morrem na viagem, há uma percentagem ínfima de filhos da puta infiltrados que vêm engrossar as redes terroristas já instaladas no continente.
É uma percentagem ínfima, mas como os desgraçados chegam na ordem das centenas de milhar, a quantidade absoluta de filhos da puta que estão a entrar na Europa é preocupante. Consideremos sensata e prudentemente que os tais filhos da puta constituem não mais que 0.2% daqueles que atingem as costas europeias. Se já estamos a falar em 800.000 refugiados, então estamos também a falar de 16.000 filhos da puta. Que vão comer, dormir, rezar, bater nas mulheres e fazer aquelas coisas ainda menos recomendáveis e bombásticas que este género de filhos da puta gostam de fazer, à custa do tributo dos cidadãos europeus, ainda por cima.
A terceira dimensão do problema é económica. Está a Europa preparada para receber dois milhões de sírios por ano? Está o mercado de trabalho europeu necessitado destas pessoas que não estão minimamente preparadas nem formadas para exercer actividade aqui? Que não dominam as línguas e as ferramentas? que não têm preparação técnica nem académica que as proteja num ambiente extremamente concorrencial?
É a situação da segurança social nos países europeus saudável o suficiente para fazer face, agora e no futuro, às necessidades de saúde, habitação e reforma destes desgraçados todos?
Estas perguntas são retóricas, claro. É óbvio que a Europa não tem estaleca financeira, económica e psicossocial para receber esta gente. E isto vai correr muito mal, mesmo quando os refugiados forem divididos pelas nações e lá instalados. Vai ser até precisamente quando os refugiados pensarem que o pior já passou, que o pior estará para vir.
E depois, ainda chateiam os húngaros por erguerem muros. Francamente.