quinta-feira, agosto 16, 2018

Lindsay Shepperd e o escândalo Wilfred Laurier.

Outro dos episódios escandalosos - e perigosos - que é eloquente sobre o actual estado das universidades norte-americanas em particular e ocidentais em geral, foi o que aconteceu na universidade canadiana Wilfred Laurier.
Lidsay Shepperd, uma jovem professora assistente, cometeu o erro imperdoável de passar, numa das suas aulas, um vídeo de Jordan Peterson (gravado a partir de uma emissão da televisão pública canadiana), onde o filósofo-psicólogo-herói-deste-blog fazia a crítica da Comissão para os Direitos Humanos de Ontário (uma espécie de autoridade fascistóide para a equalização de género, raça e classe social). De pronto, foi chamada à direcção para ser admoestada, avisada sobre as limitações à liberdade de expressão e ameaçada com penalizações de vária ordem, na medida em que Jordan Peterson simplesmente não devia ser ouvido por alunos desta faculdade. A sua voz devia ser censurada. Acontece que Lindsay - conhecedora do sistema hostil à liberdade de expressão que vigora nesta instituição - gravou toda a reunião e divulgou essa gravação. A grtavação acabou por ser publicada na imprensa, tornou-se viral e o escândalo caiu na rua: Como sempre nestes casos, Lindsay foi agredida e encostada à extrema direita e vilipendiada e ameaçada. O caso está neste momento a correr nos tribunais canadianos (a rapariga processou as 3 pessoas que convocaram a reunião de admoestação e ameaça - dois professores e uma funcionária da administração), mas a universidade já concedeu que a tal reunião nem sequer devia ter acontecido. Isto embora esse texto de concessão, assinado pela presidente da universidade, alerte para os perigos de passar a mensagem de Peterson sem o devido contexto. Leia-se: sem advertir os alunos de que Peterson é uma espécie de nazi dos tempos modernos. Ora, Jordan Peterson é tudo menos um agente de qualquer mensagem totalitária, muito pelo contrário. Peterson está à procura de valores morais que tragam significado à vida humana, de respostas para o sofrimento. Peterson procura por Deus, procura pela verdade, procura clareza. As suas palestras são mais de auto-ajuda do que ideológicas. São brilhantes, dialécticas, contraditórias muitas vezes, complexas na sua maioria, mas nunca, nunca, nunca advogam qualquer tipo de fascismo, de racismo ou intenção totalitária. O que faz, na maior parte das vezes, é precisamente alertar para os actuais perigos do totalitarismo que grassa nas sociedades ocidentais e advêm das políticas de identidade de género e de raça que uma certa esquerda tem vindo a impor na imprensa, nas faculdades e nos centros de decisão judiciária.
Vale a pena ver este vídeo, em que Peterson conversa com dois professores da Wilfred Laurier sobre este caso, para perceber a dimensão horrífica do problema.



Ou este, mais curto e explícito sobre o caso, com Lindsay e um dos poucos professores da Laurier que ficou do lado dela (David Heskell, também presente no vídeo anterior).