Leio uma manchete no sempre medíocre jornal Público, que diz assim: "Em Itália, das borras do café nascem cogumelos. E isso é bom para o planeta."
Só uma pessoazinha completamente ignorante de tudo e - substancialmente - do que é bom ou mau para o planeta é que é capaz de escrever esta parangona. Mas alguém precisa de dizer a Liliana Borges que uns poucos de fungos que um italiano qualquer faz crescer no que sobra de uma infusão de cafeína são completamente irrelevantes para um corpo celeste com 4,5 biliões de anos.
Entretanto, no sempre superficial Observador, leio, numa notícia sobre o furacão Leslie que é um exercício delirante de alarmismo, esta frase ridícula:
"É a terceira vez que um furacão tão poderoso atinge Portugal."
Mas é
a terceira vez desde quando? Sabe a jornalista Carolina Branco, que escreveu esta
afirmação imbecil, quantos furacões atingiram o
território nacional desde 1143? É claro que não faz a mais pequena ideia. Nem ela nem ninguém. O jornalismo contemporâneo é uma estética sem ética: a frase soa bem, assusta bastante, logo, toca a publicar. Não interessa se é um facto inventado sem ponta por onde se lhe pegue. Não interessa a idiotia e a falácia. Interessa criar o medo e prosseguir com o alarmismo ambientalista mais primário que se pode imaginar. Isso é que interessa.