segunda-feira, fevereiro 10, 2020

Internacional Socialista de Hollywood.


A cerimónia de entrega dos óscares tem "evoluído" nas últimas décadas no sentido da total ridicularia ao ponto da Academia não encontrar ninguém suficientemente puro para apresentar o evento. As audiências têm caído na medida da correcção política e da idiotia e da hipocrisia que reina neste triste espectáculo, claro, mas ainda assim, este ano, a coisa mergulhou substancialmente mais fundo no poço da infâmia e, a certo ponto, uma infeliz premiada resolveu evocar o célebre slogan do Manifesto do Partido Comunista, "Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!"

Parece que a actual Meca da Internacional Socialista tem o código postal de Hollywood, Los Angeles. É daqueles decrépitos bairros operários de Beverly Hills, Santa Monica e Bel Air, habitados por gente modestamente assalariada, génios oprimidos, talentos injustiçados e activistas de jacto privado, que provêm hoje as mais nobres e sábias interpretações da literatura marxista.

Liderado por revolucionários autênticos, austeros profetas e intelectuais abnegados como Brad Pitt, Robert De Niro e Meryl Streep, este é em definitivo o movimento que vai dar o grande salto para a frente de que a humanidade está dramaticamente carecida. O materialismo dialéctico ganha uma dimensão moral nunca antes experimentada. Os amanhã que cantam são amplificados por um inaudito poder vocal. Marx vive, Engels também e unidos venceremos.
 

Agora digam-me se há pachorra para isto.