Num estudo recente efectuado pelos senhores da Skeptic.com, ficamos a saber como ao americanos estão redondamente, escandalosamente, mirabulantemente enganados no que diz respeito à dicotomia raça/actividade policial.
Neste quadro percebemos que a maior parte dos inquiridos acha que no ano de 2019 foram mortos pela polícia mais de mil homens negros, que na situação estavam desarmados. Na realidade, foram mortos entre 13 a 27. A margem de erro é tão disparatada que custa a acreditar.
Já aqui neste gráfico, percebemos que, independentemente do espectro político, toda a gente está completamente equivocada sobre a percentagem de negros mortos pela polícia. A percentagem real é 23,4%, que até está de acordo com a incidência demográfica da etnia no tecido populacional norte americano.
Assim, sendo, há que perguntar, porque raio está esta gente tão enganada? Como no caso do Covid 19, que mencionei aqui há uns meses e cuja disparidade entre a percepção e a realidade é muito similar e igualmente disparatada, será que a responsabilidade é de quem tem a profissão manhosa de (des)informar as populações? Não serão os jornalistas os verdadeiros causadores destes terríveis erros de percepção, com devastadoras consequências para a coerência social e a coabitação pacífica entre as etnias?
Claro que são. Até porque como já escrevi aqui algures, encontramos muito mais mentiras na imprensa do que nas redes sociais. Encontramos muitos mais mentiras na imprensa do que em qualquer outro eixo de comunicação, na verdade. Até a publicidade contemporânea, por muito má que seja - e é, mente menos do que os pulhas que têm por ofício enganar este mundo e o outro.
E como sempre, Tucker Carlson elabora sabiamente sobre este lamentável assunto: