Os Estados Unidos da América transformaram-se num tal esgoto sanguinolento que eu tenho que fazer uma coisa que nunca fiz aqui no blog, antes de passar o monólogo de abertura do Tucker Carlson Tonight de ontem à noite: advertir que algumas das imagens a que vão assistir são chocantes e podem perturbar a sensibilidade de pessoas mais susceptíveis.
Nos dias que correm, vastas áreas urbanas da América contemporânea são dos sítios mais perigosos do mundo, com índices recordistas de criminalidade e de homicídios. Depois de terem entrado numa ensandecida e niilista cruzada contra as polícias (porque a polícia é racista), despojando-as operacional e financeiramente; e de terem eleito procuradores que se recusam a processar uma quantidade enorme de crimes violentos (porque isso seria racista), cidades como Chicago, Detroit, São Francisco, Nova Iorque, Nova Orleães, Portland e Los Angeles são hoje um inferno inimaginável de criminalidade violenta, à rédea solta: só no fim de semana passado foram atingidas a tiro 54 pessoas (8 morreram) na cidade de Chicago.
Enquanto os índices de criminalidade disparam loucamente, os dirigentes democratas que governam estas cidades, e a administração democrata que governa a nação, parecem preocupados apenas com a alegada ameaça dos movimentos de "supremacia branca" ou "nacionalismo branco", fenómeno que até universidades reconhecidamente esquerdistas reconhecem que não tem significado estatístico no número de homicídios na América (mesmo esticando os números, morreram 17 pessoas nos últimos 5 anos assassinadas por estes supostos movimentos, enquanto o número total de assassinatos na América, só em 2019, foi cerca de 20.000).
Tucker, com a veia que lhe é característica, traça o retrato deste apocalíptico estado de coisas, num segmento que oscila entre o chocante e o esclarecedor. Quem tem algum interesse investido nos Estados Unidos, não deve perder estes quinze lapidares minutos. Mesmo que custem a passar.