segunda-feira, julho 05, 2021

Deus é plausível. O Multiverso, não.

Entre a religião Católica e a religião das academias, que tem muitos nomes, mas que para o efeito deste post vamos chamar Multiverso, acho que a existência do Deus Cristão, Apostólico Romano, é bem mais credível. Sinceramente.

É que para acreditares que existem universos infinitos como este, cuja criação nem implica sequer um investimento em energia; para acreditares que ainda por cima tiveste a sorte de habitares neste preciso e raríssimo universo que tem as condições estatisticamente impossíveis para a existência de vida; e o que é mais, de vida inteligente; é preciso alimentar uma corrente contínua de fé incondicional muito superior àquela necessária para teres a convicção de que o Criador que é retratado no Genesis é de facto o responsável último e primeiro pela realidade em que foste imerso. E pela vida que te foi dada.

O ateísmo enraizado na maior parte dos físicos e astrónomos contemporâneos é, fundamentalmente, um exercício dogmático que exige credulidade em doses industriais. E muito poucas, ou nenhumas, evidências. E se é verdade que o Deus da Bíblia também não se materializa na lente de um telescópio ou no sensor de um laboratório, não me parece descabido argumentar que há certezas - as certezas de ordem moral ou espiritual - que não precisam de prova material. O mesmo não se pode dizer das teorias super criativas da Física contemporânea. Essas teorias são do âmbito das ciências exactas e, para serem válidas, terão sempre que ser observadas no cosmos. Caso contrário, pertencem à esfera religiosa. E nessa esfera, o Evangelho de João é bem mais poderoso do que a Teoria das Cordas.