Apesar da imprensa em Portugal estar a retratar o "Freedom Day" de Boris Johnson como o fim das medidas draconianas de combate à pandemia em Inglaterra e a enquadrar o debate sobre a pertinência desta iniciativa entre aqueles que concordam e aqueles que discordam com esse término, a verdade, como sempre, está longe de ser essa. Os media nunca reportam a verdade. Nunca. É uma regra sem excepções.
A verdade é que nem o "Freedom Day" é o fim do fascismo sanitário do governo britânico, porque permanecem ou estão a ser implementadas medidas de carácter totalitário aos molhos, nem o debate se circunscreve à linear e conveniente forma que está a ser reportada aos portugueses. A norte do Canal da Mancha há muita gente que acha simplesmente que o dia da liberdade de Boris é uma fraude e que Boris não tem sequer legitimidade para dar ou retirar a liberdade aos cidadãos porque essa liberdade é um direito universal consagrado pela Magna Carta há coisa de 8 séculos atrás e cimentado pela Common Law inglesa deste 1688. O protesto de Paul Joseph Watson é elucidativo sobre o que pensa uma significativa fatia de bifes sobre o assunto.
O que também não revelam os media nacionais é a fome de tirania de que a esquerda britânica parece sofrer. E a mais absoluta ausência de razões médicas ou logísticas para que os ingleses continuassem a ser submetidos a confinamentos despóticos. Este segmento do Lotus Eaters ilustra bem essa omissão.
Como vês, caro leitor, diligente leitora, o "jornalismo" contemporâneo consiste em omitir aquilo que não interessa à narrativa oficial. Não tem nada a ver com reportar a realidade. Não tem nada a ver com a demonstração de factos. É tudo construção. Ficção. Condicionamento.