quinta-feira, julho 08, 2021

Chegou a tua hora, pirata.



O meu benfiquismo já não é o que era. Há muitos anos que já não é o que era. Nem pouco mais ou menos. Mas ainda assim, devo dizer que é com desgosto que sinto a felicidade de saber que o miserável Filipe Vieira vai passar esta noite onde já devia estar alojado há muitos anos: no chilindró.

Um dos piores actores da história do Sport Lisboa e Benfica, este infeliz personagem é o primeiro responsável pelo meu afastamento afectivo do clube, embora não o único. E os relativos sucessos desportivos que somou em duas décadas de infâmia, não me impressionam nada nem compensam em nada o seu legado de pirata.

O facto da esmagadora maioria dos benfiquistas ter acreditado, durante tanto tempo e contra todas as evidências, que Luís Filipe Vieira tinha como prioridade defender os interesses do clube que presidia, é por si só, espantoso.

E não me venham com a conversa de que outros mafiosos presidentes de outros importantes clubes também deviam ir dentro. É claro que deviam. Mas a minha primeira preocupação é não ter mafiosos no meu clube. Com os mafiosos dos clubes rivais, que se preocupem os adeptos e os sócios desses clubes. O clubismo não implica a cegueira ética e o princípio de que devemos primeiro ser exigentes connosco para podermos exercer a crítica dos outros é válido tanto para o indivíduo como para a colectividade a que escolhe pertencer.

Só espero que não aconteça com este bandido o que aconteceu com Sócrates. Mas nesta república, claro, tudo é possível.