domingo, outubro 17, 2021

A história de Brandon.



Esta história maravilhosa e rocambolesca conta-se depressa:

Por ser extremamente amado, altamente competente e nada autoritário, Joe Biden tem recolhido a simpatia das massas. Ainda nem um ano passado sobre a sua eleição, as multidões, de forma espontânea e inebriante, resolveram aproveitar eventos desportivos e culturais para ensaiar a sua gratidão, entoando este canto de singela simplicidade: Fuck Joe Biden. Fuck Joe Biden. Fuck Joe Biden.

Eis uma colectânea de alguns exemplos, entre milhares:



Até aqui, tudo bem. Tudo normal. As pessoas amam os seus políticos e é assim. Só que entretanto entra em cena um tal de Brandon. Mas quem é Brandon? É Brandon Brown, um obscuro piloto da Nascar. E o que é que o Brandon tem a ver com a adoração que as massas rendem ao actual presidente dos Estados Desunidos da América? É que quando o piloto, no fim de uma corrida da Xfinity Series e ainda sem acreditar que a tinha ganho, é entrevistado por Kelli Stavast, o bruá que se ouve vindo das bancadas é o inevitável Fuck Joe Biden, que a "jornalista", convicta militante do regime no poder (não fosse ela funcionária da NBC) adultera, sugerindo falsa e desavergonhadamente que o que estava a ser cantado pela multidão era uma mensagem de apoio ao piloto: Let's Go Brandon.

O momento histórico é este aqui:



O episódio, para além de desmascarar completamente a natureza corrupta, falsificadora e apparatchik dos mainstream media, entrou rapidamente para o léxico do meme. Até porque, para evitar a censura das redes sociais e da comunicação social, nada melhor que utilizar Let's Go Brandon em vez de Fuck Joe Biden.





A frase está a ser usada como fecho de parágrafos por toda a web, como há uns meses atrás a célebre tirada "Epstein didn't kill himself."
E a coisa disparou viral de tal forma que a música mais vendida hoje no itunes foi este rap muito coxo de  Loza Alexander:



No ocidente contemporâneo, a verdade é a mentira, a mentira é a verdade e ninguém tem vergonha na cara. Não há factos. Há agendas. Não há ética. Há narrativa. E Kelli Stavast nem sequer por um momento pensou que o que estava a fazer é obsceno. Na verdade, o que se passou com Brandon Brown é apenas um pequeno retrato da América dos dias que correm. Tucker Carlson, num dos seus melhores monólogos dos últimos tempos, enquadra e ilustra o cenário dantesco (atenção que este segmento é mesmo imperdível):



Agora digam-me: alguém ainda acredita que Joe Biden foi de facto eleito com o número recorde na democracia americana de 85 milhões de votos?