domingo, novembro 21, 2021

O fascismo não é remédio santo. Nem certo.

A distância social não resulta. Mas os governos continuam a mandatar a distância social. As máscaras não resultam. Mas os governos continuam a mandatar o uso de máscaras. Os confinamentos não resultam. Mas os governos continuam a mandatar confinamentos. As vacinas não resultam. Mas os governos continuam a mandatar novas etapas de vacinação.

Enquanto a Europa se prepara para enfrentar mais um Inverno sob o signo do medo, as "autoridades" insistem nas panaceias que, comprovadamente, nada resolvem. E anunciam para já ou para breve as mesmas medidas fascistas e ineficazes que desrespeitam todos os valores constitucionais, todos os princípios económicos que fizeram do Ocidente o mais próspero, livre e funcional modelo de civilização da história da humanidade.

Este fim de semana, começou a ser nítido (até porque a comunicação social desistiu de tentar esconder os factos) que as populações estão a atingir o seu limite de tolerância perante a investida autoritária dos estados. Na Holanda, na Bélgica, em França, na Suíça (!), na Áustria, em Itália e em Inglaterra assistimos, nas últimas 48 horas, a protestos de toda a ordem, massivos ou discretos, violentos ou pacíficos, protagonizados pela sociedade civil e não por partidos políticos, que deixam prever um agravamento da insatisfação e da agitação popular e que deviam preocupar os governos. Que deviam aconselhar uma mudança de estratégia de combate à pandemia, focada não na retirada de liberdades e direitos, não na interrupção da actividade económica, não em políticas arrepiantes de segregação dos não vacinados - péssimas e perigosas ideias que só vão trazer pobreza e infelicidade, revolta e alienação - mas em soluções clínicas e logísticas eficazes, implementadas no quadro dos veneráveis valores das democracias ocidentais.

E o que é que realmente resulta no combate ao Covid-19? Um reforço dos serviços de saúde e um investimento nos tratamentos. Há que aceitar a evidência de que são os recursos terapêuticos e logísticos e não os improvisos profilácticos que resolvem este problema de saúde pública, se é que a preocupação fundamental relativa aos efeitos do Covid-19 é a de salvar vidas humanas (premissa muito discutível).

Em vez de investir milhões em vacinas e respectivos processos logísticos, em vez de perder outros tantos milhões em receitas fiscais que não são criadas por causa das iniciativas regimentais que paralisam a economia, em vez de manter o status quo dos serviços públicos de saúde, é necessário e ter a coragem para contratar os serviços privados, é urgente ter lucidez para devolver as liberdades individuais e os direitos económicos aos cidadãos, é fundamental ter a inteligência e a humildade de reconhecer que as vacinas são ineficazes e que servem apenas como instrumentos de enriquecimento das superestruturas, em poder político e financeiro.

Esse desvio, porém, só se materializará se as burocracias e os representantes eleitos admitirem os erros graves cometidos até aqui. Atitude que, convenhamos, não vai surgir sem pressão das massas, sem desobediência civil, sem protesto eleitoral.

A necessária mudança de políticas vai acontecer, talvez, quando em números superiores aos que se registaram este fim de semana, vierem as multidões para a rua semear o pânico entre as elites. Vai acontecer, talvez, quando os eleitores, exaustos das medidas punitivas e ineficientes e ruinosas adoptadas até aqui, votarem massivamente contra os actuais corpos legislativos e governamentais, no caso de os sistemas democráticos sobreviverem à destruição generalizada das instituições constitucionais e à guerra contra a vontade popular que está a ser, por todo o mapa do Ocidente, levantada pelos que detêm a supremacia económica e política nas sociedades.

A alteração destas lógicas tirânicas e impensadas, vai acontecer, talvez, quando tu, gentil e paciente e adormecido leitor, acordares para a realidade. Quando te aperceberes que já ninguém de facto está interessado em defender os teus interesses, a tua qualidade de vida, os teus direitos fundamentais. Quando enfim conseguires concluir, para lá da propaganda e da desinformação a que és submetido ininterruptamente, que aqueles que eleges para o governo da tua nação, do teu continente, da tua civilização, têm uma agenda que vai completamente contra aquilo a que aspiras, aquilo em que acreditas, aquilo com que te identificas. Que vai completamente contra aquilo que tu achas que é moral, política e economicamente certo e sustentável.

Que esse momento de clarividência não chegue tarde demais.