Se o troço anterior era terrível, este aqui contribui decisivamente para infelicidade dos sim racers de todo o mundo, porque às estradas rápidas, estreitas e de gravilha escorregadia, acrescem os saltos que dificultam muito o controlo do automóvel e a escolha das melhores trajectórias. Além disso, este maldito segmento, numa direcção como na outra, é feito, metade dele, a fundo. Há curvas que parecem merecer um bocadinho de contenção, mas não. Tens que aprender a carregar no acelerador mesmo quando todos os teus instintos te dizem que o melhor é teres juízo. Estás na Polónia; sê polaco. O que vale é que este traçado é mais curto que o anterior, contando apenas com 13,6 kms de torturante percurso.
Cometo acrescidamente um ou dois erros que me custam um ou dois segundos, mas a minha habilidade não dá para mais e a ideia não é continuar a sofrer na Polónia até ao dia do juízo final.
O resultado não é famoso, nem vergonhoso, continuando teimosamente entre os 900 primeiros.
Na direcção Zienki, a performance melhora um pouco, porque estou determinado a subir na classificação da tabela mundial e porque vou ficando cada mais familiarizado com as características deste maldito rali. Ainda assim, não é propriamente de uma prova limpa que se trata e apanho uns sustos valentes pelo caminho.
Sobrevivo apesar de tudo com uma marca que me eleva para a posição 576. Estou cansado, suado e com dores no pescoço, mas razoavelmente satisfeito. Consegui subir umas centenas de posições.
Espero sinceramente fazer melhores marcas nos ralis que se seguem, embora o próximo seja o escocês, que também não é propriamente a minha praia. Mas como a Escócia não é conhecida pela magnificência das suas praias, vou ter sólidas razões para inventar desculpas.