Com a benção e a cumplicidade logística da Rússia, a Bielorússia está a tentar despejar hordas de imigrantes do Médio Oriente na fronteira polaca. Mas como os polacos não são lá muito amigos da imigração ilegal, sem qualquer controlo, de populações com quem têm muito pouco em comum, enviaram de pronto forças militares e policiais para a região e a coisa está feia, até porque os imigrantes são na sua esmagadora maioria homens feitos, endurecidos pelas difíceis condições de sobrevivência nos países de que são originários e determinados em ultrapassar a única barreira que lhes é imposta para uma vida mais próspera (ou para uma carreira como criminosos e terroristas, dependendo da agenda de cada um).
É claro que este tipo de situações tem origem no proverbial laxismo da Alemanha e da União Europeia. Estes imigrantes não querem, obviamente, ficar na Polónia. Querem, através da Polónia, transitar para os países mais ricos do velho continente, onde sabem que os esperam de braços abertos aparelhos regimentais globalistas, paternalistas e irresponsáveis, que estão a destruir, com insistência de décadas, a coerência cultural e económica, bem como a paz social, da Europa.
Mais a mais, os polacos estão a considerar, com alguma razão, que a atitude da Bielorússia constitui um acto de agressão entre nações. E o cenário, que já é feio o bastante, pode rapidamente escalar para o conflito militar entre os dois países. Acontece que para além de estado membro da União Europeia, a Polónia também faz parte da NATO e a organização do tratado do Atlântico Norte já afirmou que está pronta a intervir por forma a asssegurar a integridade da fronteira polaca. Acontece também que Putin defenderia sempre a Bielorússia, em caso de conflito aberto.
O bordel está, portanto, instalado.