O preço dos fertilizantes agrícolas está a disparar nos mercados. A disparar a tal ponto que a curto prazo vamos ter uma redução significativa e global na produção de alimentos. E porquê? Porque os fertilizantes são também usados na produção de bio-combustíveis e as delirantes metas da União Europeia e de outras organizações mafiosas para produção e utilização desse tipo de energias renováveis está a alterar as regras do jogo nos respectivos mercados: se a procura aumenta loucamente, os preços também.
Acresce que a China, um importante produtor de fertilizantes e/ou dos componentes químicos que os constituem, já percebeu o que está a acontecer e, pelo sim pelo não, decidiu proibir as exportações destes produtos até julho de 2022, inflaccionando assim ainda mais os preços. De acordo com a sabedoria proverbial, não há, para os rapazes do Comité Central, uma crise que não seja uma oportunidade de transformar dinheiro em mais dinheiro.
Portanto, por razões ideológicas, pressões ambientalistas e oportunismo espertalhão, vamos sacrificar e encarecer a produção de bens de consumo primários e essenciais, como os cereais, os vegetais, a fruta, a carne e o leite. Como sempre, quem é que achas que vai sair mais prejudicado com estas políticas insanas, gentil leitor? Os mais pobres, claro. E, decididamente, os mais pobres que se encontram fora do perímetro ocidental. Esses desgraçados, ontem heróis da esquerda, hoje descartáveis e indesejáveis consumidores e poluidores, vão ter enormes dificuldades de acesso aos fertilizantes e, logo, escassez alimentar que só poderá traduzir fomes daquelas que julgávamos, na nossa gorda inocência, finalmente extintas. E quem é que se está nas tintas para o facto do preço de um bife da vazia aumentar 200% ou para uma ou outra escassez que contribua para a morte por inanição de centenas de milhar de sujeitos na Etiópia ou no Sudão ou no Chade? Os burocratas que habitam e infestam os gabinetes de Bruxelas, os políticos que habitam e infestam os parlamentos, os jornalistas que habitam e infestam o ecossistema mediático, os activistas que infestam e habitam as salas das universidades e os oligarcas que habitam e infestam o ambiente corporativo dos tempos que correm. Todos eles com salários e rendimentos muito acima da média. Todos eles autoritários engenheiros da grande máquina fazedora de infelicidade humana.
E depois eu é que sou de direita.