As estrelas morrem em estranhas quantidades num determinado ponto do cosmos: é um buraco negro. As estrelas nascem em estranhas quantidades num determinado ponto do cosmos: é um buraco negro.
Objectos siderais são conduzidos em estranhas quantidades e altas velocidades para um determinado ponto no cosmos: é um buraco negro. Objectos siderais são expelidos em estranhas quantidades e altas velocidades a partir de um determinado ponto no cosmos: é um buraco negro.
As ondas gravitacionais são produto de buracos negros. As disrupções nos movimentos elípticos da galáxias são produto de buracos negros. As anomalias orbitais são produto de buracos negros. As singularidades (leia-se, comportamentos da matéria que não
estão de acordo com as leis da física) são produto de buracos negros. Os buracos negros servem para justificar tudo e mais alguma coisa. De cada vez que a astronomia não concorda com a teoria, há um buraco negro para salvar o dia.
Para todos os efeitos, os físicos teóricos do Século XX inventaram uma nova religião. Os buracos negros resolvem tudo. Criam tudo. Destroem tudo. São o fim e o princípio de tudo. Verdadeiros deuses do Universo conhecido. E desconhecido, também.
Boa sorte para os contribuintes, públicos e privados, que financiam este culto. Se estão à espera que o chorudo investimento produza resultados científicas concretos, vão precisar dela.