O Secretário de Estado António Lacerda Sales afirmou recentemente que os não vacinados que estão internados nos cuidados intensivos dos hospitais são cerca de 90% do total. Depois corrigiu e disse que afinal são "uma maioria relativamente significativa". Uma maioria relativamente significativa, em politiquês, pode ser 53 ou 52% ou menos ainda, dependendo do tamanho do nariz de cada crápula. Mas estes números vagos ou claramente falsos são baseados em que dados? E localizados em que instituições hospitalares? E qual dessa percentagem são não vacinados porque só tomaram uma dose da vacina? Responde Lacerda Sales:
"Diverge, diverge de instituição para instituição. Resulta de conversas que vou tendo com meus colegas das unidades de cuidados intensivos. E obviamente é uma realidade heterogénea: numa instituição poderá ser 90%, noutra 70%, noutra 58% ou 60%. É uma realidade heterogénea”
Ok. De 90% passamos para uma maioria relativa. E de uma maioria relativa para uma maioria heterogénea. E essa maioria relativa e heterógenea resulta de umas conversas que foram tidas com colegas. Quais colegas? De que hospitais? Não sabemos.
Não sabemos nada.
E se nos dessem um número em que pudéssemos confiar, baseado em dados concretos? E se parassem de atirar mentiras e aberrações estatísticas para o ar, como incendiários com atraso mental?
E tu, gentil leitor, ainda acreditas no que te diz esta gente? Boa sorte com esse credo.