sábado, janeiro 08, 2022

Entre a ilusão e a realidade, há duas américas.

Como era expectável, a esquerda americana aproveitou o dia 6 de Janeiro para capitalizar politicamente a efeméride, comparando o motim do Capitólio de há um ano atrás com o ataque de Pearl Harbor, os atentados de 11 de Setembro e o extermínio de Auschwitz, por exemplo. Joe Biden, Kamala Harris, Nancy Pelosi e outros falsos profetas do espectro institucional democrata, devidamente acompanhados pela CNN e pela MSNBC, não se pouparam à dramatização mais disparatada e à vitimização mais desavergonhada que se pode imaginar.

É fácil perceber porquê: a administração Biden não tem a mais que se agarrar, perante o desastre político, económico e diplomático que tem caracterizado sem excepção o seu deprimente mandato (desastre bem patente em todas as sondagens, que apresentam números recordistas de rejeição pelo eleitorado) e a estratégia para as eleições intercalares deste ano é simplesmente a de diabolizar a direita populista.

Mas mesmo como manobra de propaganda política, a falsa narrativa é demasiado delirante para pegar. A 6 de janeiro de 2021 morreu uma pessoa, Ashley Babbitt. Que por acaso até era uma apoiante de Trump. Os populares que invadiram o capitólio não estavam armados. Nenhum representante do Congresso foi ferido ou insultado, sequer. A comparação com eventos históricos de mortandade extrema não é apenas ridícula. É ofensiva para muitos americanos, à esquerda e à direita do panorama político. E para qualquer pessoa com um mínimo de senso.

Mas neste mundo ao contrário, em que a realidade foi reduzida a um simulacro, tudo é possível.

Ben Shapiro restabelece a virtude dos factos, num vídeo que deixa uma pergunta a correr entre os 24 frames por segundo: até quando é possível manter esta América unida sob uma só bandeira?