segunda-feira, janeiro 17, 2022

Só não vê quem não quer ver e quem não quer ver, cegou para sempre.

A esta altura do campeonato mundial da aldrabice, as pessoas que ainda não perceberam que estão a ser enganadas e manipuladas dificilmente vão mudar da opinião. Estão definitivamente perdidas no labirinto da desinformação e da propaganda a que foram sujeitas.

Ainda assim, vale sempre a pena voltarmos um bocadinho atrás no tempo, para percebermos a dimensão da fraude.


Já houve meses de Inverno em que morreram 400 pessoas por dia de gripe, em Portugal. Ou 8500 pessoas por ano. Neste momento estão a morrer 30 por dia, de Covid-19. E em 2021 morreram 12.500. A diferença de 4.000 óbitos justifica a destruição económica e psicosocial, bem como a derrocada de valores constitucionais que considerávamos até aqui fundamentais? Claro que não. Até porque os óbitos que vão decorrer dos confinamentos, do desemprego, da probreza, da depressão, dos efeitos secundários das vacinas e do declínio na qualidade dos serviços médicos e hospitalares vai impactar a mortalidade futura de forma que é agora difícil de calcular, mas que nunca será despiciente para as contas finais.

E quando soubermos desse horrível saldo, quem será encontrado para pagar o preço? Quem será julgado pelos crimes contra a humanidade praticados nestes últimos dois anos?

Receio bem que ninguém. A responsabilidade será diluída numa nova narrativa redentora.

E aqueles que cegaram para estas evidências, vão abrir os olhos quando a outro qualquer propósito (as alterações climáticas ou um ataque de extraterrestres, não interessa o motivo), voltarem a ser espoliados da cidadania, conduzidos à falência do estado de direito, impossibilitados de exercer actividade económica e impedidos de praticar as mais básicas liberdades individuais?

Receio bem que não. Cegaram para sempre.