Nunca pensei que tivesse jeito para adivinho, mas ultimamente dou por mim a acertar que nem um maluco em montes de cenas. Num mundo ao contrário, o gajo que não vê um boi à frente passa rapidamente a visionário. É o caso. Como ilustração da fanfarronice, serve este episódio:
Aqui há 12 horas atrás, escrevi aqui, a propósito da prova medíocre que Lewis Hamilton cumpriu no Grande prémio da Arábia Saudita, corrido ontem, isto:
Quero ver que narrativas de vitimização vai o heptacampeão do mundo arrancar à sua inesgotável veia fantasista de coitadinho profissional. E quando começar a culpar a Mercedes, quero ver como Toto Wolf reage. Não vai ser bonito. Mas é uma daquelas situações em que o feio pode agradar aos sentidos...
Muito bem. Andei pela rua de manhã e agora chegado a casa constato que Hamilton, em declarações à imprensa depois de terminar em décimo, disse isto:
Não vou comprar bilhetes de lotaria por causa disto. Mas estou a achar alguma graça à minha capacidade de prever acontecimentos no futuro imediato. Como aconteceu também neste caso. E neste. E neste. E neste. E neste. E assim sucessivamente.
Este pode bem ser um exercício de vanglória. Mas deixem-me rir.