terça-feira, abril 26, 2022

24 horas na vida do passarinho azul.

O Twitter entrou em lockdown interno de forma a impedir que os seus funcionários se vinguem em resposta à aquisição da empresa por Elon Musk.

A direcção da empresa está agora preocupada com a reação do público interno, temendo que os seus quadros woke, irritados e frustrados com as novas políticas de liberdade de expressão que Elon Musk defende, desenvolvam ataques ao código do site.

O Twitter bloqueou assim todas as alterações, excepto actualizações “críticas para o negócio”, numa tentativa de evitar danos colaterais.



É precisamente por problemas deste género, e não só, que tenho dito que a compra do Twitter resultará sempre numa enxaqueca para Elon Musk: reformar este website vai implicar a gestão de várias estacas zero, sejam elas criadas pelo comportamento dos recursos humanos (há muita gente que vai ter que ser despedida e também há muitos que se vão demitir), sejam as que derivam do êxodo expectável dos utilizadores à esquerda do espectro político.

Musk e a sua equipa de direcção vão ter que suar muito, para levar a sua avante e manter o Twitter relevante.

No entretanto, o simples facto do acesso ao backoffice ter sido bloqueado, assim retirando aos censores a capacidade de desenvolverem o seu trabalho de cinzas, já mostra resultados práticos:


Há já utilizadores que tinham sido banidos e cujas contas foram reactivadas, como é o caso da conta de Robert Malone, o inventor da tecnologia mRNA, e Tucker Carlson, que tinha visto a sua conta suspensa por ter criticado a censura exercida sobre o website humorístico The Babylon Bee.
Outros utilizadores estão a aproveitar a janela de oportunidade para publicar opinião que não era até aqui publicável no Twitter, por receio da censura, por exemplo:
Em 24 horas apenas, o Twitter transformou-se num website muito mais divertido, mas sobretudo, mais livre. Boa.