sexta-feira, abril 08, 2022

Uma incompreensível fome de mortos.


Em Washington, a pressão conducente a um conflito directo com a Rússia aumenta de forma assustadora a cada dia que passa. Políticos e líderes de opinião atiram querosene para a fogueira da imprensa e a imprensa celebra o incêndio. Não se percebe bem se esta gente tem consciência que a Rússia detém o maio arsenal nuclear do planeta. Não se percebe bem como é que a questão ucraniana justifica o fim do mundo e porque parecem tão ansiosos do fim do mundo os jornalistas. No caso de uma guerra termonuclear vão morrer como os outros. Se tiverem sorte, vão passar fomeca como os outros; vão sofrer pela morte de alguém que lhes é querido, como os outros; vão viver os horrores de um mundo pós-apocalítico, como os outros.

A NBC elogia a CIA por, admitidamente, mentir aos americanos desde que a guerra na Ucrânia começou. A desinformação é uma virtude, se vier de Langley. A seguir dá uns segundos de antena a um desgraçado que clama por belicismos vários enquanto confessa que a sua mulher é militar no activo. Está a mandar a cônjuge para a morte provável com um entusiasmo ideológico estonteante, o rapaz. É espantoso o seu fervor que por si só justifica o elogio da viuvez.

Repórteres destacados na Casa Branca perguntam a Psaki porque raio é que Joe Biden permite que Vladimir Putin permaneça como líder máximo da Federação Russa. Como se fosse da natural competência do Presidente dos Estados Unidos destituir presidentes de outros países. Como se fosse possível fazê-lo sem aniquilar a civilização. Perguntam se o motim de 6 de Janeiro de 2021 não foi liderado por Putin e se na verdade os populistas americanos não são afinal uma quinta coluna manipulada pelo Kremlin. Como se fosse possível a Putin manipular metade da população dos Estados Unidos.

No entretanto, Joe Biden promete que, se conduzir o seu país à guerra aberta com a Rússia (como parece que está a ponderar fazer), irá para a frente de batalha com a soldadesca. Está-se mesmo a ver que sim. Toda a gente acredita que o demente senil vai presidir ao teatro das operações, espécie de general Kutuzov, mas cego dos dois olhos.


Não sei sinceramente que drogas tomam, consciente ou inconscientemente, estes heróis das trevas. Não sei a que ponto estão zangados com a existência que nos queiram levar a todos, com eles, para o inferno. Não sei que género de seres humanos podem pensar que têm a ganhar seja o que for com o extermínio nuclear.

Faz-me espécie esta vontade de caos e é deveras esquizoide o apetite autofágico das elites e dos seus lacaios. Mesmo considerando os interesses obscuros do WEF e dos senhores do universo, há aqui factores em jogo que escapam nitidamente à minha presente capacidade de análise.

Lamento não ser de mais ajuda, gentil e paciente leitor.