sábado, maio 14, 2022

Líderes que odeiam de morte os povos que lideram #10

O grande desastre americano está constantemente a atingir novos recordes de infâmia e incompetência e caos e incúria, é algo que acontece todos os dias e o que acontece todos os dias não é por definição uma notícia. Mas o caso da escassez do leite de fórmula para bebés nos Estados Unidos é de tal forma escabroso, é de tal forma eloquente sobre a verdadeira agenda dos poderes instituídos em Washington, que não pode ser ignorado.

É que enquanto o Congresso vota favoravelmente o despacho de 40 biliões de dólares para a Ucrânia, as mães que não produzem leite para amamentar os seus filhos desesperam e fazem centenas de quilómetros para encontrar uma loja que ainda tenha a fórmula que os alimente. E isto perante o sarcasmo, a indiferença e a arrogância de uma administração que nesta altura do campeonato nem sequer disfarça o desprezo que nutre pelos cidadãos que representa e dirige.



Psaki, a inacreditável secretária de imprensa de Biden, chegou ao ponto de culpar as mães pela inexistência da fórmula nos lineares das superfícies comerciais. Biden, tentou fazer uma piada sobre o assunto. As estrelinhas de Hollywood do costume recomendam a amamentação, como se a maioria das mães que dão fórmula aos filhos o façam por desporto. Mas o exemplo máximo deste desdém aberto e descomplexado é aquele que ontem foi denunciado pela congressista Kat Cammac: parece que aos milhares de imigrantes ilegais que chegam diariamente à fronteira sul dos Estados Unidos, não falta leite de fórmula.


Nunca numa democracia ocidental do pós-guerra os cidadãos foram tão mal amados pelos seus líderes como são mal amados pelo aparelho democrata de Washington. E isto não é dizer pouco, considerando o que a propósito da pandemia e não só se tem passado no Canadá, na Austrália, na Nova Zelândia, no Reino Unido, em França, na Áustria e na Alemanha. 

E é por isso que eu digo: esta gente que se arruma na categoria daquilo a que chamamos elites está a brincar com o fogo. Quando as mães não têm como alimentar os seus neonatos e a liderança política manifesta perante esse facto não só impotência, mas manifesto menosprezo, as coisas podem de repente ganhar contornos incendiários. Por muito menos que isto, quantas vezes ardeu Roma?