Lembro-me bem de quando, nos anos de Obama, projectava uma iminente guerra civil nos Estados Unidos da América e era olhado com um misto de surpresa e escárnio pelos bem pensantes e os sensatos e os liberais e os bardamerdas todos que se julgavam mais esclarecidos e civilizados e moderados do que eu.
Agora a questão já não é se acontece, é quando é que vai acontecer. Ou se já está a acontecer.
Tim Pool, neste clip de 30 segundos admite abertamente - e justificadamente, porque o FBI transformou-se nos últimos anos numa polícia política que persegue cidadãos por razões de divergência ideológica apenas - que o seu país já está em conflito secessionista; no Texas, os republicanos admitem abertamente a secessão; por todo o país os americanos admitem abertamente que não se entendem (é dizer pouco porque muitas vezes o que parece é que metade da América odeia de morte a outra metade); o aparelho judicial caiu na rua lamacenta do confronto partidário, o Tribunal Constitucional já não merece o respeito de ninguém e há constantes apelos dos dois lados da barricada para que as suas decisões sejam ignoradas; a burocracia federal foi tomada inteiramente pelo Partido Democrata, a imprensa deixou de ser livre para ser um instrumento de propaganda do DNC e a América de Biden e de quem o sustenta é um país antípoda da América de Trump e de quem o apoia.
Não dou mais de uma década à infeliz federação do Tio Sam. Mas também, se calhar, o divóricio é o melhor que pode acontecer aos americanos e aos que não são americanos e têm que os aturar. Porque, convenhamos, estes actuais estados desunidos são impossíveis de aturar.