Neste artigo da Wired, fantasia-se um mundo sem gente branca, a propósito de um estapafúrdio, asinino e altamente racista romance em que as pessoas desta compleição sofrem uma súbita e inexplicável alteração no pigmento epidérmico.
Mas ficção à parte, um futuro sem pessoas brancas com que a redacção da revista sonha todos os dias implica um momento de extermínio, certo?
Ou, no mínimo, a miscigenação forçada.
O próprio autor da recensão crítica ao livro de Mohsin Hamid reconhece
que os brancos, mesmo que a sua pele mude de cor, vão continuar a ser
insuportavelmente brancos. E está-se mesmo a ver que terá que ser encontrada uma solução final para esta tenebrosa brancura.
Portanto, a discriminação racial, o genocídio étnico ou a prática de engenharia social de base eugénica estão agora no campo das possibilidades, no caminho para a utopia.
Dizia o outro que a história não se repete, mas que rima. Digo eu que rima, sim, mas que se repete, também.