A maior livraria do mundo é a Amazon. Acontece que um dos passatempos favoritos dos executivos da Amazon é a interdição de livros de que não gostam. A censura não advém de um critério estético, o que já seria bastante problemático, mas de um critério ideológico, que ainda é pior. Por exemplo: a produção executiva do Tucker Carlson Tonight não conseguiu encontrar no servidor de Bezzos um livrinho que fosse de Aleksandr Dugin, o filósofo tradicionalista russo, odiado pelos liberais iliberais do ocidente e que recentemente perdeu a filha num atentado bombista que foi executado para o matar a ele.
Tucker Carlson pergunta-se, neste breve segmento: respeitando a letra e o espírito da constituição americana, pode uma empresa que comercializa livros, censurá-los?
Aposto que Jefferson, Adams e Hamilton diriam que não. Mas também é verdade que a América dos pais fundadores já não existe há muito tempo. E naquela que existe agora, os livre pensadores não são de todo bem vindos.