A França arde porque os imigrantes, escravizados durante séculos, discriminados agora e vítimas de uma sociedade profundamente racista, afirmam nas ruas as suas legítimas reivindicações de justiça e inclusão. Ou é isto que nos dizem os media e as Nações Unidas e a União Europeia e o regime Macron e a sua academia em Davos.
E como é que estas massas oprimidas fazem justiça? Roubando motorizadas Yamaha e automóveis Volkswagen. E como é que efectivam a luta por uma sociedade sem preconceitos étnicos? Apropriando-se de electrodomésticos e telemóveis. E como é que contrariam a brutalidade xenófoba da polícia? Pilhando supermercados. E como é que colectam reparações por séculos de colonialismo? Redistribuindo malas Louis Vuitton. E como é que contribuem para uma sociedade mais inclusiva? Incendiando escolas e câmaras municipais e farmácias e pequenos negócios.
Sim, a utopia só é possível através da libertação dos animais do jardim zoológico. A revolução implica o linchar aleatório de transeuntes. O progresso social resulta necessariamente no fogo posto e no furto de autocarros, televisões 4K e máquinas de lavar loiça.
Mais: a violência tribal é um valor ético, o vandalismo e a pilhagem são actos nobres, a guerra aberta à polícia é digna de louvor. Estes guerrilheiros de centro comercial merecem toda a tolerância, toda a latitude, até que não deixem pedra sobre pedra.
Até porque é esse o momento de cinzas com que Macron sonha há muito. O segundo zero em que terá condições para instalar uma nova república: a Distopia WEF.
No imediato, enquanto a França ainda não ardeu toda, o discípulo preferido de Klaus Schwab vai ensaiando a suspensão da Internet.
E no entretanto, Paul Joseph Watson vai pintando aguarelas.