terça-feira, julho 15, 2025

Adeus, amigo. Que Deus te guarde no mais terno abraço.

Recebi agora mesmo a notícia da morte, súbita e inexplicável, de Tom Sarti.

O meu amigo brasileiro (ganhei uns quantos por causa do Contra, nos últimos anos) com quem nunca estive pessoalmente, mas com quem partilhei inúmeras conversas e confissões.

Estou desolado e magoado como se tivesse levado um enxerto de porrada.

O Tom era uma pessoa mais que amável, mais que generosa e mais que sábia: era uma joia, um tesouro, na lixeira deste mundo.

Deixa-me aqui, do outro lado do Atlântico, nesta excruciante solidão de já não o ter.

No ano passado, deu-me a honra de deixar de ser o anónimo comentarista do 'Saindo da Bolha' para revelar a sua identidade e a sua fisionomia ao mundo, num podcast que tive o prazer de gravar e publicar no Contra.

Não voltámos a gravar mais nenhuma destas conversas por minha culpa, na verdade. Porque não tive tempo ou porque tive preguiça ou por isto ou por aquilo, seja como for arrependo-me agora de não ter estado mais perto dele, de não ter trocado com ele mais ideias e revoltas, mais sonhos e conspirações, mais abraços embrulhados em palavras.

O Tom vai fazer muita falta ao mundo. Vai fazer-me muita falta.

Faz agora parte da glória de Deus. Que Deus o guarde como a mais gentil das suas criaturas.