As forças que querem levar o mundo ao apocalipse nuclear estão a reagir com virulência à hipótese da paz e a pressionar a Casa Branca para um recuo em relação àquilo que pode ter sido acordado na cimeira do Alasca (e que ninguém sabe bem o que foi, embora seja claro que Putin não cedeu nos fundamentos da posição que tem mantido desde o início da operação militar na Ucrânia).
Amanhã, todos os mais proeminentes globalistas europeus no poder (Merz, Starmer, Macron, Meloni, von der Leyen, Rutte e etc.) vão acompanhar Zelensky na sua visita aos EUA, numa espécie de escolta satânica, com a missão de impedir a todo o custo um cessar da mortandade.
E mesmo no seu executivo, Donald Trump terá que enfrentar o sanguinolento belicismo de Marco Rubio, Keith Kellogg, Lindsey Graham e outros híbridos de falcão, abutre e ratazana que infestam o pântano de Washington.
Não vai ser fácil. Mas nesta situação específica, talvez (repito: talvez) o temperamento destrambelhado de Donald Trump seja um trunfo e o presidente americano perca em definitivo a paciência para estes retardados todos.
Um sinal curioso: A Casa Branca enviou um recado a Zelensky, exigindo que comparecesse em Washington de fato e não de fato-de-treino.
Outro sinal significativo: parece (não é certo) que os líderes europeus serão apenas recebidos durante o jantar que, se tudo correr bem, será oferecido à comitiva de Zelensky por Donald Trump.
A insuportável Kaja Kallas, a comissária dos negócios estrangeiros da UE, com quem podemos contar sempre para dizer exactamente o oposto da verdade, disse numa declaração à imprensa:
"A verdadeira causa original desta guerra é a política externa imperialista da Rússia e não um imaginário desequilíbrio na arquitectura de segurança da Europa."
Há que ler esta frase ao contrário, claro: a verdadeira causa original desta guerra é a política externa imperialista do Ocidente e não um imaginário desequilíbrio na arquitectura de segurança da Rússia.