quarta-feira, junho 18, 2008
Algumas pequenas e absolutas certezas.
A morte. A derrota de Portugal, amanhã, frente à Alemanha. A humilhação inevitável da ciência, face ao carácter incognoscível da realidade. A inexistência de deus. A inexistência do diabo (o mal não triunfa por estados diabólicos de alma, mas por disfunção e estupidez*). A virtude dos inúteis. A ideia de que o império romano se deveu essencialmente ao labor dos seus generais e ao sangue dos seus soldados. A consciência de que os italianos deviam ser proibidos de jogar à bola. A mediocridade de Manuela Ferreira Leite e de 98% das elites nacionais. A vaidade de Manuel alegre. O roubo perpetrado quotidianamente pela Galp. O erro fatal chamado Barak Obhama. A sobrevivência da força imoral dos talibans no Afeganistão e dos radicais islamitas por esse mundo fora. A incrível e impune afirmação do Irão como potência nuclear. A guerra devastadora, global, sem precedentes históricos, que nos espera a curto ou médio prazo. A suave inocência e encantadora rebeldia do meu cão, que me faz feliz. O desespero através dos dias.
*Vide "As Benovolentes" de Jonathan Littell